Chegada dos irmãos

Dia 18 fomos buscá-los no aeroporto: Fred, Doca e Tati.

Chegaram assustados pela forte revista na mala dos presentes e comidas. Mas já empolgado pelo dia que passaram em Chicago. A parte ruim (principalmente para mim) foi que as latas de feijoada ficaram no aeroporto.

Tivemos uma semana bem intensa, cheia de programações como ski de fond, ski alpin, glissade, compras e passeios turísticos. Foi muito gostoso, apesar de cansativos para todos nós. Não paramos um instante. Nos divertimos muito!

Fomos no Centro de Ski Relais e marcamos aula para fazer. O Doca escolheu snowboard e nós 4 ski. Foi muito divertido, mas diria que um pouco tenso ao perceber que mal conseguíamos ficar em pé naquelas duas varinhas. Antes mesmo, de começar, ao escolher a bota e colocá-la foi bastante complicado. Nosso professor devia ter uns 15 anos, foi muito legal. Quando terminava a aula de 1h30min tinhamos direito de ficar até as 16h usando o teleférico. A Tati foi desbravar o lugar com o Doca e chegou a ir em pistas avançadas, deve ter passado um sufoco.

Depois ainda marcamos no dia 24 a 2a aula, pois a adrenalina foi muita. E aí mal podíamos acreditar a montanha que estavamos descendo com mais facilidade e controle no final do dia.

Fiquei impressionado com nossa velocidade de aprendizado. Todos nós fomos super bem!

Várias situações engraçadas acontecerem, entre elas um dia que fomos no dollarama na hora de fechar (21h) e quando faltava 5 min começaram a mandar a gente pagar. A Tati, com a lista grande de presentes, correu para buscar algo que faltava até a moça barrar o caminho dela e falar algo. E ela respondeu: "No compriendo!". Correu para o outro lado do corredor para caçar o ultimo abridor de lata que ela queria, mas quando alcançou estava quebrado. A moça foi até ela e ficou fazendo cara feia. Soubemos de toda a história depois e demos muita risada, porque estavamos todos na fila para pagar. Nem voltamos no mesmo dollarama!

Um dia fomos jantar no Calao (um restaurante asiático) e chamamos a Andrea. Como estavamos em 6, na volta tivemos que improvisar um lugar no carro. Fiquei um pouco desesperada e preocupada, mas no fim demos muita risada. O Doca entrou no porta-malas e foi fazendo um sync até em casa. Corajoso ele!!

No Natal fomos jantar no restaurante "Café du Monde". Comemos carnes exóticas, e demos muitas risadas. Depois fomos na missa mas tinha esquiado aquele dia, e teve gente que dormiu por lá.

Fizemos um boneco de neve lindo em frente à varanda!!

30 anos não são 30 dias

Dia 12 meu querido marido fez 30 anos!
Nao podíamos deixar de comemorar em grande estilo, afinal como dizia o seu Jaci: "Dotô, 10 anos não são 10 dias".

Então passamos a semana inteira comemorando. Fomos jantar com o Benoit, Johanne e Andrea no restaurante favorito do Max (que ja estava no Brasil).

E o presente que o Leandro sempre quis, foi uma pizza SÓ para ele. Depois de 30 anos, voilà! A vovó Santina com certeza estava lá com a gente para compartilhar a pizza com ele (ichi..), foi lembrada o tempo todo.

Coincidencias à parte, a festa de Natal do Chateau Frontenac foi exatamente dia 11, sábado à noite, então compramos nosso ingresso e fomos ao jantar dançante, com banda e tudo. Foi muito lindo, parecia muito com o nosso casamento.

E para completar, um bolinho no domingo em casa no dia 12!!

Parabéns, meu amor!

Neve!!!

Esse ano a neve não tinha chegado ainda, apesar de já estar frio!!
Enfin chegou.....muito gostoso, e muito lindo!

A novidade foi o carro coberto de neve.
Foi gostoso brincar na neve e limpar o carro.

Vida motorizada

Depois de conhecer muito bem o transporte público de Québec e emagrecer alguns quilos, resolvemos que a hora de comprar um carro chegou. Procuramos uma semana na internet e no sábado fomos com o Max numa loja indicada por ele e em outra que tinha visto alguns carros interessantes.

Resultado: de cada loja que fomos, gostamos e quase fechamos (reservamos) um carro.

Depois disso passamos o final de semana pensando qual seria a melhor escolha. Não foi fácil, mas domingo a noite estávamos decididos. Segunda liguei para a loja, chamada Conseil Auto, e fechamos négocio. Fomos buscar só na sexta, e até lá foi o tempo de organizar o seguro e o que mais precisava.

Fomos super bem atendidos e o carro foi entregue "chaud et sec" (dentro da garagem), já que estava chovendo e frio. Saimos muito felizes com a escolha e depois de alguns dias tivemos a certeza de que foi a melhor escolha!

Esse é nosso Accent Hyundai. Muito lindo!!!

Detalhe: tem "démarreur à distance", significa que com um controle ligamos o carro de longe para que ele dê a partida e funcione o aquecedor, assim quando entrarmos já está quentinho. Coisas úteis no pólo norte!

Exame de doutorado

Depois de 1 ano de doutorado (com 3 meses de estudo intensivo para o exame), chegou a hora do exame de doutorado.

Na universidade Laval, diferentemente do que conhecíamos no Brasil, após 1 ano se faz um exame com uma banca de 5 professores onde o doutorando é avaliado oralmente sobre diversos assuntos relacionados com a sua formação, não necesariamente seu projeto do doutorado. E após isso, caso aprovado, pode apresentar seu trabalho e responder às perguntas pertinentes a ele feitas pela banca.

Quinta, feira, 30 de setembro de 2010...com dia e hora marcada (exata por sinal), realizei o meu exame de doutorado na ULAVAL, e após mais de 3,5 hs de exame oral, fui aprovado com 100% da nota. Fiquei bastante feliz e realmente tirei um piano das costas, haja visto que esta prova estava, digamos, me atormentando um pouco. Agora, com uma tonelada a menos de pressão, tenho mais 3 anos disponíveis para defender minha tese.

Neste mesmo dia, pegamos o avião rumo ao Brasil. Férias mais do que merecidas depois de um ano tão agitado como este.

Meu trabalho no Cosmos

Nunca escrevi sobre  meu trabalho no restaurante, então vou contar um pouco....

No começo de agosto, a Cristiane (uma curitibana) estava se preparando para voltar para o Brasil e me chamou para substituí-la no restaurante. Como já estava querendo um trabalho, aceitei na hora e fui com ela algumas vezes para ela me ensinar o que faziam por lá.

Desde então, tenho trabalhado lá toda semana, mas não todos os dias da semana. No começo ia de 2a. à 5a (começa por volta de 15h, até a hora que acaba a lista de coisas do dia - não tem horário certo). Depois comecei a fazer inglês às 2as. e 4as. e então passei a trabalhar as 3as. e 5as. 

O posto de trabalho é "aide-cuisinère", isto é, ajudante de cozinheiro. Ficamos no subsolo do restaurante (que é bem grande) preparando todos os ingredientes utilizados na cozinha. Cortamos legumes, pesamos porçoes, etiquetamos, etc... Muitas vezes com ajuda de máquinas, já que a quantidade é bem grande. Tem várias câmaras frias, freezers, máquina para fazer vácuo, cortadores de tomates, fatiadores.

Tudo isso é preparado para consumo nas 3 unidades do restaurante: Sainte-Foy, Grand-Allée e Lévis.

Já me acostumei com o trabalho e acho bem tranquilo. É muito bom pois sempre conversamos sem parar e trocamos boas informações! Detalhe: em português, pois quase todos nesse horário são brasileiros.

Gosto quando a Giselle vai lá e assim conversamos sem parar, a hora passa rápido!!

http://www.lecosmos.com/

Titanic L'Exposition

Hoje fomos à exposição do Titanic que está na cidade desde o começo do verão.
Em 2004, durante nossa viagem na Europa, tinhamos ido em uma do Titanic em Porto, que foi muito interessante.

Adoramos a exposição, com explicações desde o ínicio da construção. Logo no início, cada um recebe o cartão de embarque de uma pessoa que estava no Titanic (foto abaixo) e no fim, na lista de todos os passageiros, descobre-se se a pessoa sobreviveu ou não.

  

No fim descobrimos que nos salvamos. Eu era a Clara, de 42 anos e o Leandro o Edgar Meyer de 28 anos,a mbos de New York.

Parc National de la Jacques Cartier

Aproveitando mais uma atividade oferecida pelo "Bureau de la vie étudiante", nós fomos ao parque Jacques Cartier. Esse passeio foi bem procurado, quase não conseguimos comprar o ingresso.

http://www.sepaq.com/pq/jac/index.dot

Tivemos muita sorte pois estava um dia maravilhoso. Durante os últimos dias parece que São Pedro (ou será Saint-Pierre?) tem ajudado bastante. Durante a semana não foi nenhuma maravilha, mas o final de semana foi caprichado: cheio de sol e céu azul, uma delícia!

O parque fica por volta de 40 Km da universidade.  Fomos em 7 ônibus escolares (amarelos), isso quer dizer por volta de 350 pessoas. Era muita gente!

Chegando lá, eles transformaram os ônibus em navettes (transfer) para nos levar a diferentes pontos. O parque é muito grande e existem várias trilhas, cada uma saindo de uma kilometragem diferente. Não estavamos muito preparados e nem com vontade de muita aventura, então escolhemos uma trilha de 1 horas e fomos passear na floresta. Ficamos depois tranquilos, apreciando a paisagem. Cheguei até a dormir na grama, no solzinho.

Tentamos alugar uns botes/caiaque para fazer uns passeios, mas devido ao horário do retorno dos ônibus, não tinhamos tempo suficiente. Mesmo assim ficamos satisfeitos de ter conhecido tudo que o parque oferece, e saber as atividades do inverno.

Foi um dia bem tranquilo, e diferente. Uma delícia!

1 ANO!

Há 1 ano atrás, estavamos chegando no aeroporto, com apenas alguma noção do que viria pela frente.... Foram tantas coisas novas durante esse ano e hoje, eu diria que estamos muito bem adaptados em Québec.

Só algumas dos coisas que vieram na minha cabeça agora:

Aprendemos o français, e compreendemos muitas vezes o québécois.
Sabemos o que é ter miséria em fazer algo (dificuldade).
Levamos sacola reutilizável no mercado.
O frio é frio, mas é muito melhor do que pensamos.
A neve é linda, a sensação é maravilhosa, basta olhar com bons olhos e saber aproveitá-la.
Comemos cenora crua (brócoli e couve-flor ainda não!) quase todos os dias.
Nos preocupamos com a previsão do tempo, e estamos sempre previnidos de uma chuva ou tempestade.
Adoramos sopa de pois (ervilha amarela).
Apreciamos a igualdade social.
A cabana sucre já faz parte dos nossos planos futuros uma vez por ano.
Observamos a natureza.
Não vivo sem meu ipod na mão, não importa onde (nem precisa se preocupar se tem alguém do lado olhando).
Adoramos pisar na grama (aqui não existe placa não pise na grama, ela serve para ser pisada enquanto é verde!).
Quando o verão chega, é hora de tirar férias e aproveitar ao máximo.
Se o ônibus atrasa 3 minutos já ficamos irritados.
Entendemos a diferença entre ser canadense e ser québécois.
Muito pior do que frio e neve, é a chuva congelante.
Aprendemos as vantagens e desvantagens de ter um carro.

Enfim, estamos vivemos em um lugar justo e tranquilo.

Que venha o próximo ano, com novas descobertas e conquistas!!!

Cirque de Soleil

O espetáculo chamado TOTEM do Cirque de Soleil no "Grand Chapiteau" está sendo apresentado em Québec.

Apesar de caro, como em qualquer lugar do mundo, vale a pena cada centavo.

Fazia calor, estava uma noite muito agradável!

Ficamos impressionados com a tecnologia utilizada na iluminação, no som, no palco com diversas aberturas e máquinas incríveis. Sem falar na perfeição dos artistas e suas roupas cheias de detalhes.

Dentre os espetáculos que já tinhamos visto (Alegria, no Brasil e os realizados na rua em Quebec) foi o menos misterioso. Era bastante relacionado com água (praia, lagoa, mar) e natureza (sapos, macacos). 

Aniversário de casamento

Hoje completamos 2 anos de casados. Parece que foi outro dia aquela festa...

Comemoramos a cada dia o amor que nos une e fortalece. 

InfoMAUÁ

Olha que legal, saiu a reportagem sobre a bolsa do Leandro e um pouco da nossa vida aqui no Canadá no jornal da nossa universidade! (infoMAUÁ).

A reportagem se chama "Aposta no Futuro".

http://www.maua.br/infomaua/index/id/23

Leiam!!!

Festival d'été à Québec

Entre 8 e 18 de jullho, aconteceu o festival de verão. 

Durante esse dias, o dia inteiro tinha programações musicais em diversas praças do centro. Era preciso comprar o "laissez-passer" para entrar em algumas áreas.

Assistimos os show do Iron Maiden, Rush, Lara Fabian, Jimmy Cliff, Gilles Vigneault, Black Eyed Peas, entre outros desconhecidos por nós.

A cidade estava completamente lotada, e ficamos impressionados com organização e tranquilidade nas ruas. O sistema de ônibus foi reforçado e apesar de algumas vezes estar bem cheio, não vimos confusão nem nada parecido. 

Dependendo do show, acontecia em determinado palco e conforme o tipo de público era permitido levar sua própria cadeira. 

Para entrar no clima de verão, compramos nossas cadeiras dobráveis e inclusive utilizamos!!

Férias com a mamãe

Minha mãe veio passar quase um mês em Quebec, para matar a saudade e conhecer nossa nova cidade.

Em um dos primeiros passeios, passamos pelo Teatro Capitólio e resolvemos comprar o convite para asssistir o musical "Un Violon sur le toit" (Violinista no telhado).

Não conhecia a história, mas adorei! Como era em francês, foi um pouco dificil de entender todas os diálogos cantados, mas as músicas eram lindas.

Fomos até o Jardin Botanique da universidade Laval. Tinha flores muito bonitas. É um laboratório de estudos de flores e plantas.

Assistimos os show do Yves Lambert em Lévis, numa antiga igreja que foi transformada em um local de espetáculos. Uma gracinha....um lugar pequeno, de pedra, super diferente. E o Yves Lambert é muito bom!!

Passeando no Vieux-Québec, resolvemos comer uma pizza na Place Royale, a preferida do Leandro. Com o calor que fazia, foi muito agradável!!! E que vista....

É verão

O verão começou a todo vapor.
Sol de rachar e temperaturas altíssimas (perto dos 30°C).
Dá para acreditar???


As datas das estações do ano por aqui são:

21 de março –Primavera

21 de junho – Verão

21 de setembro – Outono

21 dezembro – Inverno

  

Visita da Denise e Flávio

A Denise e o Flávio chegaram na nossa casa, após terem conhecido Toronto, Ottawa e Montreal e pudemos passar bons momentos juntos. Foram rápidos mas conseguimos mostrar bastante de Québec, com direito a passadinha no Dollarama na hora de ir embora.

Para começar, fomos na rue Myrand no bar Temps Perdus na noite em que eles chegaram...até fechar o bar. Fomos até a Basílica de Santana de Beaupre e descobri que eles realmente gostam de explorar o lugar. Entramos em todas as capelas (inclusive no subsolo), andamos por todas as trilhas, até fizemos o caminho da crucificação de Jesus. Nossa, aposto que nenhum quebecois já foi lá.... 

Assistimos um jogo da Copa juntos em casa, também com o Max (nossa amigo quebeco-brasileiro). A Denise nos trouxe toda a encomenda verde e amarela e estávamos bastante equipados.

Fomos até o Parque do Chute Montmorrency, estava um dia muito quente. Depois de ter ido em dezembro e ter quase chorado por ter congelado minha mão, passei um calor danado.

 

Para completar o passeio das redondezar, fomos até a Ile d'Orleans e por surpresa estava na época da colheita de morangos. Entramos numa fazendinha, compramos a cestinha e começamos a tentar enchê-la. A senhorinha me disse que seria rápido em 3 pessoas (5 litros), mas ela não imaginava que fossemos comer tanto. Foi quando cansamos de comer os moranguinhos que a cesta começou a ficar vermelha....

Descobrimos que não é tão fácil conher morangos, eles facilmente explodem na mão, se apertado com força na hora de puxar do galhinho. E a posição, não é tão cômoda como colher maças! Foi uma experiência bem interessante! Na hora de comprar os morangos no mercado certamente pensaremos nisso.

 

Como bons guias, não deixamos de apresentar um dos pontos turísticos mais importantes da cidade: a bola de canhão dentro do tronco da árvore em plena Rue Ste. Louis, no Vieux Québec. Dá para perceber que eles ficaram impressionados!!! 

Nem mesmo o Max conhecia!